Casa da Flor está em estado de abandono e com estrutura comprometida

Em São Pedro da Aldeia, um patrimônio histórico da cidade sofre com o abandono. Mesmo conhecido pela arquitetura diferenciada e, tombado pelo Instituto Estadual do Patrimônio Cultural, a estrutura da Casa da Flor está bem castigada.

A casa está ruindo. Um patrimônio cultural com aparência de abandono. Por todos os lados, rachaduras. Os blocos de concreto no muro da varanda estão se desprendendo, telhas soltando, limo tomou conta das paredes; resultado da falta de manutenção.

No interior, parte do embolso já caiu. Há sinais de que cupins estão deteriorando as madeiras do telhado, de portas e prateleiras, uma ameaça à criatividade de Gabriel Joaquim dos Santos, que morou no local durante 62 anos. Um pequeno homem de 1,65m de altura com grandes ideias, que construiu o imóvel à sua medida. Nas mãos dele, lâmpadas, azulejos, conchas viraram peças de decoração. Foi o que fez o diferencial na arquitetura e engenharia da casa para se tornar um monumento.

A casa foi tombada pelo Instituto Estadual do Patrimônio Cultural em 1986. Ou seja, há 26 anos e, alterar a estrutura ou recuperar pequenas peças, somente com autorização e liberação do instituto. Mas, até hoje, o imóvel não passou por nenhuma reforma.



Seu Valdevir, sobrinho-neto de Gabriel, é o zelador da casa. Ele é contratado pela prefeitura para fazer a limpeza e recepcionar visitantes. Para isso, cobra R$ 2 por cada pessoa que vai conhecer o espaço. Até tem vontade de reformar o imóvel, mas não pode.

O Instituto Cultural Casa da Flor, responsável pelo prédio, informou que o projeto de captação de recursos para restaurar o imóvel foi aprovado pelo Instituto Estadual do Patrimônio Cultural em 2010. Mas até hoje, não encontrou parceiros para tocar a obra, orçada em R$ 102 mil. Disse ainda que a Prefeitura de São Pedro da Aldeia foi procurada para ajudar nesse trabalho.

A prefeitura da cidade disse que não tem conhecimento de nenhuma solicitação. A secretaria municipal de Cultura informou que vai fazer os reparos necessários no local. O trabalho deve começar em até 15 e precisa respeitar as características da construção.

Créditos à InterTV

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